08/10/2009

O CARRO DO MEU AVÔZINHO

Está a dar-me muito jeito, mas confesso que o odeio - ao carro.
Não tem fecho automático das portas. Não tem vidros eléctricos. Não tem rádio. Não tem pinta! Deita imenso fumo de manhã. Faz um barulho chato porque tem não-sei-o-quê solto e o meu avô tem que soldar aquilo. Fica peganhento quando o tempo está húmido.
Conclusões:
1ª - Já por duas fechei o carro com as chaves lá dentro. Da primeira vez liguei para o meu avô, que por sorte mora perto do meu giro, e ele lá foi abrir o carro com a chave de reserva; revelou-me que estava uma chave escondida por detrás da placa da matrícula traseira e que era só desaparafusar a matrícula e tirar a chave - engenhoso este meu avôzinho. 
Da segunda vez (que foi hoje), por sorte, estava perto de um escritório que, por sorte, tinha uma chave estrela.  Claro que a chave escondida vai passar a andar no bolso do meu colete, afinal de contas sempre é mais fácil andar com a chave do carro do que com uma chave estrela...
2ª - Perco tanto tempo a abrir e fechar as janelas... Preciso que o tempo fique mais fresco para poder andar sempre com as janelas fechadas.
3ª - Passo a vida a cantar dentro do carro, o que até não seria mau não fosse cantar sempre a mesma música que agora não me sai da cabeça por causa do filme "Amália". Um fado, claro está. Que tristeza!
4ª - Sinto-me um bocado freak. O carro é muito baixinho, parece que vou com o rabo de rojo, vejo as pessoas que passam no passeio só da cintura para baixo. Quando saio do carro, fica tudo a olhar, porque ninguém está à espera de ver sair 1,80m de gente de um carro tão pequeno. Imagino mesmo que seja assustador para as criancinhas...
5ª e última - Quero um Smart outra vez. Pai Natal, por favor vê lá se me ajudas.
   

Sem comentários:

Enviar um comentário