O chefe pediu à senhora que me ligou a confirmar a minha entrada (a Dona Z) para me apresentar às 7h12m. Ora, esta precisão horária, fez-me imediatamente lembrar um ex-patrão que a determinada altura, e por puro gozo, deciciu colocar nos bilhetes dos espectáculos (na altura em que os mesmos ainda eram bonitos e dignos de serem guardados) que a abertura de portas seria às 19h02m e, o início do espectáculo às 21h03m.
Às 07h05 apresentei-me ao serviço. De olho vivo, mesmo depois de uma noite muito mal dormida, com o miúdo a acordar com pesadelos às 00h00, 02h00 e 05h00; com uma melga a rondar-me os ouvidos - que consegui matar às escuras, à custa de uma valente chapada no meu próprio pescoço -, com o ressonar do meu homem, e com a ansiedade própria de quem vai iniciar num novo emprego.
Mega confusão. Montes de gente. Paletes de cartas. Um rol de ruas. Lotes, esquerdos, direitos, caves, subcaves, o 398 que antigamente era o Lt1... Mas a C. foi impecável e lá me esteve a ensinar, embora eu ache que amanhã me vou ver em papos de aranha.
08h00, tempo para um pequeno-almoço no bar. Muito parco em recursos e com uma grande falha: não tinham manteiga! Lá comi uma sandes de queijo seca e uma meia de leite, que o Sr. G até soube tirar bem.
Compasso de espera enquanto o Sr. G. (sim , o mesmo do bar), terminava um serviço de separação para depois poder fazer a volta comigo.
O meu giro é no Estoril, inclui a R. do Viveiro, e pessoas que eu conheço. É giro ver o que elas recebem, mesmo sem saber o que está dentro do envelope.
Saímos do centro de distribuição às 10h30, de carro. Terminámos a volta às 15h00, depois de muita caminhada, muito entra e sai de prédio, de tocar às campaínhas todas (sem depois ter que fugir), muito sobe e desce de escadas, muita sede e muita fome! (decidimos fazer a volta seguida, sem parar para almoçar). Custa tanto entregar correio nos restaurantes à hora de almoço quando ainda não se almoçou e o nosso pequeno-almoço foi uma sandes de queijo SEM manteiga!
Regresso ao CDP para prestar contas e dar de fuga. Fuga temporária, já que, para começar, estou com horário repartido e tenho que fazer 2 horas ao fim da tarde (17h - 19h).
Fui a casa, descalcei-me, almocei, sentei-me um bocado e voltei. Foi 1 hora e meia pacata, em pé, e que serviu para me lixar a zona lombar para o resto do dia.
O balanço é positivo. O primeiro dia num trabalho novo é sempre complicado. E eu sei que vai melhorar. E não tenho nenhum gajo chato e ganancioso e mal-criado a atazanar-me o juízo. E saio a horas (às vezes até antes da hora). E não trabalho fins-de-semana, nem feriados. E ao fim do mês tenho menos dinheiro na conta, mas mais tempo de vida.
Acho lindo Diana seres carteira, é o máximo, não estou a gozar, é uma profissão que sempre me fascinou. Agora e nas cidades o correio já não é tão importante como antigamente, mas não sei talvez pelo fascínio dos tempos passados do leva e trás das cartas, é bonito. Tens toda a razão em relacção às vantagens.
ResponderEliminarEstou muito contente por ti e desejo-te a maior das sortes.
Beijinhos